O confinamento, método de criação que vinha perdendo popularidade, passou a ser cogitado como ação válida para o próximo ano. Com a queda de valor de matérias primas, a criação em cocho passa a ser uma possibilidade real com foco em resultados e lucro para o criador.
“As safras recordes de milho devem aliviar os gastos com alimentação, que se refletirá em um crescimento constante do confinamento nos próximos anos. Os pecuaristas estão intensificando cada vez mais os seus sistemas de produção e o confinamento é parte fundamental desse processo”, destaca Fernando Saltão, CEO da Associação Brasileira da Pecuária Intensiva (Nova Assocon).
Segundo ele, a cotação da arroba para 2017 ainda é incerta e está ligada a outros fatores econômicos. “É impossível fazer qualquer previsão, mas podemos dizer que quem ditará o preço será o consumo interno. O atual cenário político-econômico do país não é nada favorável, mas esperamos que a situação se reverta no próximo ano e o consumo volte a crescer”.
Em relação a 2016, o executivo projeta queda de 18% a 20% no número de animais confinados. “Foi um ano atípico, onde sacas de milho foram vendidas a mais de R$ 55 em algumas regiões. Esse cenário não deve se repetir durante um logo período de tempo e o confinamento deve crescer constantemente nos próximos anos”, conclui Saltão.
A projeção inicial para o confinamento deste ano, divulgada pela Assocon em dezembro de 2015, era de recuo de 3,6% no número de animais confinados.
Da redação com informações do Portal DBO.