O fator chave da colheita do milho para silagem é manter o balanço entre o processamento dos grãos e o tamanho dos demais componentes da planta. Como bem sabemos, a planta do milho possui 5 componentes, o qual são bem distintos em termos de dureza e tamanho. Mas o grande segredo da colheita é conseguir processar os grãos sem afetar negativamente a fibra.
Como atingir a meta?
- Antes de tudo tenha uma colhedora com manutenção em dia, principalmente quanto aos componentes que são responsáveis pelo processamento (contra-faca, facas e processador de grãos).
- Segundo passo é monitorar a colheita. O que é isso? Com certa frequência ao longo do dia recolha um litro de forragem dos vagões e conte o número de grãos. A meta é menos de 5 grãos inteiros para as colhedoras autopropelidas e menos de 10 para aquelas tracionadas por trator. Para verificar se a fibra está sendo processada adequadamente, use 2 peneiras do método Penn State (> 19 mm e a 8-19 mm) e o fundo. Aqui a meta é manter menos de 20% no fundo para as colhedoras autopropelidas e menos de 30% para aquelas tracionadas.
- O terceiro passo e o mais complexo, é concentrar as partículas na peneira de 8-19 mm, pois quando certa proporção das partículas se posicionam > 19 mm há o risco de seleção no cocho. O um litro recolhido de cada vagão pode ser usado para se fazer as duas leituras (grãos e fibra).
E se as 3 metas não forem alcançadas juntas? Ou seja, a colhedora processa os grãos, mas também processa demais a fibra. Prefira sempre processar os grãos e, posteriormente, quando a ração for preparada, insira uma segunda fonte de fibra para proporcionar mastigação.
Fonte: Milk Point