Uma boa safra requer muitos cuidados, mas não pode exagerar na dose. Realizar a adubação e a calagem dentro da quantidade necessária e aplicar de maneira correta influenciam diretamente na produção final.
O pesquisador da Embrapa Adilson Oliveira explica o primeiro passo para o manejo correto do solo no período pré-plantio da soja. Segundo ele, é necessário conhecer como anda a fertilidade do solo através da análise química. Essa análise vai dar subsídio para recomendação de fertilizantes e corretivos, além de verificar a disponibilidade dos principais nutrientes manejados na cultura, como fósforo, potássio, enxofre e micronutrientes.
“Em cima disso [da análise do solo], a assessoria técnica pode recomendar a dosa a ser aplicada, tanto na adubação de manutenção como na adubação de cobertura, principalmente com o potássio. O produtor tem que ter ciência que cada caminhão de soja que ele retira da propriedade, os nutrientes estão saindo com os grãos”, lembra o especialista.
A análise foliar permite que o produtor avalie se a adubação foi correta. O método pode ser um termômetro para o agricultor avaliar a adubação corretamente.
“É uma tecnologia importantíssima para validar se a adubação foi correta, se a lavoura está sendo bem conduzida. A planta é o melhor sensor que a gente tem com relação à fertilidade e o manejo da cultura como um todo”, afirma Adilson Oliveira.
Por fim, é preciso fazer um balanço da adubação no final da safra. A Embrapa Soja criou um sistema em que o produtor consegue fazer essa medição, o Diagnóstico Nutricional da Soja (Dris). O sistema permite calcular se a adubação que foi realizada atende ao que foi produzido e se o agricultor está fechando a questão nutricional no azul ou não.
*Redação com contribuição de Canal Rural